Categoria : editorial

  • O marketing esportivo mora nos detalhes

    O astro do basquete americano LeBron James, medalhista de ouro pelo Dream Team e campeão da NBA pelo Miami Heat, recentemente resolveu investir no esporte e comprou ações de um grupo que controla, entre outras propriedades, o Liverpool, time de futebol inglês.

    Em paralelo LeBron tem um contrato com a Nike, o que inclui uma linha própria de tênis para basquete. E o mais novo lançamento dessa linha, vejam só, é um tênis que homenageia o Liverpool, tendo as mesmas cores do clube e até um dragão muito parecido com o que está no escudo. Vejam na montagem abaixo.

    A associação parece bastante óbvia, mas a Nike não confirma nem desmente essa “homenagem”. Um dos motivos é que o Liverpool é patrocinado pela adidas, principal concorrente da marca. E aí vem a primeira pergunta, por que uma empresa colocaria em pauta um assunto que pertence à outra?

    A resposta é simples, e esse post obviamente não é sobre o lançamento de um tênis, mas sim sobre um raciocínio sofisticado que cada vez mais é adotado por empresas de material esportivo.

    Tanto a Nike quanto a adidas há algum tempo vem explorando a história de vida de seus maiores astros patrocinados. Processos padronizados vão dando lugar a um acompanhamento mais orgânico e minucioso de suas vidas. As marcas que os apoiam celebram cada vitória, cada história de superação, e até mesmo interesses pessoais, como é o caso do tênis comentado.

    Um outro exemplo é o mini-documentário que a adidas fez para celebrar a volta de Derrick Rose, jogador do Chicago Bulls que ficou lesionado por alguns meses e, depois de muito suspense, voltou às quadras recentemente. Depois ele acabou se lesionando de novo, mas isso não tira o mérito da ação:

    Fazer isso não é simples pois demanda, no mínimo, uma atenção redobrada à cada passo da carreira do atleta. E quando falamos de Nike e Adidas obviamente são centenas deles. Fora o envolvimento com o clube, empresário e todos que fazem parte daquela história de vida.

    Do outro lado encontramos empresas que patrocinam poucos atletas, as vezes um ou dois, e, ainda assim, não conseguem utilizá-los de uma maneira hábil para potencializar a comunicação.

    Tudo bem que as empresas de material esportivo geralmente estão na vanguarda quando falamos de utilizar o esporte para comunicação, mas a verdade é que aqui há um caminho bastante interessante para marcas de quaisquer segmentos. Em uma época onde a comunicação tende a ficar cada vez mais humanizada, acompanhar as jornadas pessoais de pessoas que representam sua marca parece ser uma boa jogada.

    montagem via UGSoles

    notícia via Máquina do Esporte

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  • SOBE
  • Quando esporte e cultura se encontram

    Logo depois do encerramento das Olimpíadas de Londes 2012 a Creative Review fez um post bastante completo mostrando as melhores contribuições do evento para o campo da criatividade, seja nas campanhas publicitárias, arquitetura, tecnologia, design e até mesmo nas artes.

    Na época nós compartilhamos isso tanto na nossa fanpage quanto no perfil do Twitter, e, se você ainda não viu recomendo dar uma lida.

    Mas, de todos os itens que encontramos lá, o que mais chama atenção é esse clipe que a organização dos jogos fez para apresentar o velódromo, local onde acontecem as provas de ciclismo. A trilha sonora do Chemical Brothers e a linguagem claramente inspirada em Tron dão um toque completamente diferente do que estamos acostumados a ver em eventos desse tipo.

    O interessante é notar que esse vídeo acaba funcionando quase como um videoclipe. Se ele não tivesse nada a ver com os Jogos Olimpícos ainda assim seria conteúdo de altíssima qualidade. Puro entretenimento, cheio de referências à outros campos que não são do esporte, mas que combinam bem com ele.

    Vejam só:

    Por isso cada vez mais acreditamos que campanhas que envolvam o esporte podem (e devem) ir além dele, bebendo em outras fontes que deixem o resultado mais rico e completo, capazes de engajar e maravilhar o público. Assim como ficamos maravilhados com esse clipe.

    E quem não se lembra da campanha da Adidas que colocava astros do esporte e da cultura pop na cantina do Star Wars? Mais um exemplo de como é possível buscar intersecções entre esporte e cultura.

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  • SOBE
  • Ex-atletas podem ser uma ótima opção para as marcas

    Recentemente a Nielsen Brasil divulgou uma pesquisa, feita a partir de 2007 em São Paulo e no Rio de Janeiro, sobre os atletas fora do universo do futebol mais lembrados pela população. Foram mais de 20.000 entrevistas em 5 anos. 240 atletas foram lembrados espontaneamente.

    O mais curioso do resultado é que várias das primeiras posições desse ranking são de ex-atletas. Daiane dos Santos, quem diria, está em primeiro lugar. Ayrton Senna em segundo. Gustavo Kuerten em quarto. Hortência em sexto.

    Uma análise mais rápida pode inferir que faltam grandes ídolos atuais no esporte brasileiro, e em algumas modalidades isso realmente um fato. Depois de Gustavo Kuerten nunca mais houve um tenista brasileiro à altura, o mesmo com Ayrton Senna e o automobilismo.

    Mas o esporte não morreu, longe disso, e essas Olimpíadas atuais estão criando novos ídolos, como Sarah Menezes do judô e Arthur Zanetti da ginástica olímpica. Daqui 10 ou 20 anos talvez sejam eles a figurarem no topo desse ranking.

    O ponto que mais chama atenção para nós, que trabalhamos com marketing esportivo, é a importância das marcas apoiarem atletas desde cedo e também depois que eles param. Daiane, Gustavo Kurten e Hortência ainda ocupam um espaço na mídia maior do que a maioria dos atletas atuais e, para muitos, são uma enorme fonte de inspiração.

    Quem sabe disso bem é a Nike, que continua tendo em Michael Jordan um de seus maiores garotos propaganda, inclusive com uma linha de produtos que segue firme e forte desde quando o ídolo estava em quadra. Tudo bem que Jordan foi o Pelé do basquete, mas a NBA já produziu outros ídolos à altura e nenhum deles teve sua imagem tão bem explorada depois da aposentadoria.

    No esporte brasileiro há o caso de Ayrton Senna, que até hoje é associado ao Banco Nacional, uma marca que nem existe mais. Em um exercício de imaginação seria possível pensar na reinauguração da marca usando o ídolo, não? De qualquer forma, quantos ex-atletas brasileiros poderiam ser melhor explorados pelas marcas? Pelos partidos políticos eles já são, por isso em toda eleição vemos ex-atletas puxando votos como vereadores e deputados.

    via Mundo Marketing

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  • SOBE
  • Vancouver Whitecaps apresenta seu novo uniforme…no Fifa Soccer!

    Vancouver Whitecaps é um time canadense da MLS, principal liga de futebol dos Estados Unidos e Canadá.

    Como todo time que se preze hoje em dia eles aproveitaram o lançamento do novo uniforme para fazer uma gracinha com os torcedores.

    Mas, enquanto a maioria dos times faz concurso cultural, sorteio de camisas ou ensaio com ídolos do passado, os Whitecaps resolveram inovar e criaram esse vídeo mostrando o novo uniforme a partir de imagens do Fifa Soccer, a famosa série de videogame de futebol da Electronic Arts.

    A ação é inusitada e já vale o post, mas, fora isso, vale comentar duas coisas:

    - Cada vez mais o Fifa Soccer deixa se ser só um bom simulador de futebol para fazer parte da cultura do esporte como um todo, e essa ação é só mais uma prova disso. Caso o jogo ainda estivesse restrito ao nerds incapazes de jogar o futebol real, nenhum time faria o lançamento do novo uniforme assim.

    - No fim do vídeo o patrocinador do time, estampado na camisa (virtual) fica escancarado na tela. É só um detalhezinho, mas que mostra o respeito que o clube tem com o patrocinador, incluindo-o até mesmo em uma ação no Fifa Soccer.

    via Mkt Esportivo

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  • SOBE
  • As equipes esportivas de Guerra dos Tronos

    Se você gosta de seriados é bastante provável que já tenha visto Guerra dos Tronos, série da HBO baseada nos livros do R. R. Martin, que é sucesso mundial e está indo para a terceira temporada.

    Para brincar com esse fenômeno pop o artista ucraniano Yvan Degtyariov criou uma série de logos de uma liga de futebol imaginária, onde cada time é um reino.

    Na série cada um dos reinos, que são chamadas de casas e brigam pelo trono do mundo fictício, possui uma personalidade própria. A Casa Stark, por exemplo, é balizada por justiça e honra e tem o lobo como seu mascote. A Casa Lannister é representada pelo leão e tem como lema “um Lannister sempre paga suas dívidas”, ou seja, são muito ricos. E por aí vai…

    Logo abaixo coloco três exemplos e explico o que isso tem a ver com marketing esportivo.

    Para quem conhece a série, olhar para esses logos e imaginar um campeonato entre os reinos estranhamente faz todo o sentido. Cada reino representa um conjunto de valores bem específico, e durante a série os espectadores acabam simpatizando mais com um do que com outro.

    No mundo esportivo é assim também, ou seja, cada equipe esportiva possui sua própria personalidade e valores. Para pegar dois exemplos locais, o Corinthians, por exemplo, explora a narrativa do underdog, ou seja, exalta os títulos conquistados apesar das adversidades. Já o São Paulo prefere exaltar sua própria estrutura e profissionalismo, de modo que seus títulos não são narrados com os jogadores lutando até o último minuto, mas sim com a soberania do clube.

    Dicotomias como essas aparecem em várias outras rivalidades entre equipes, no Brasil e no mundo. O problema é que esse fator normalmente acaba sendo desprezado por quem toma a decisão de patrocinar esse ou aquele time com finalidade de divulgar ou construir uma marca.

    Esquece-se que times normalmente representam valores que vão além do números de torcedores e localização geográfica, e de que a marca provavelmente irá absorver alguma coisa dessa experiência. E não existem valores certos ou errados, apenas melhor e piores para aquela marca específica.

    Uma forma de equacionar essa questão é fazer o inverso dessa brincadeira com Guerra dos Tronos e transformar as equipes em reinos. Como são esses reinos? Que valores eles defendem? Como seus membros contam sua própria história?

    Assim daria para transformar o Campeonato Brasileiro em uma paródia de Guerra dos Tronos.

    figuras via io9

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  • SOBE
  • O esporte mostra o quão incríveis são as pessoas

    O título desse vídeo é “People are Awesome”, ou “As Pessoas são Incríveis”. Mas, sendo mais específico, é sobre como o esporte mostra um dos lados mais incríveis do ser humano, a nossa infinita capacidade de superação.

    Essa montagem de cenas incríveis é uma grande fonte de inspiração para quem, como nós, trabalha com marketing esportivo.

    A conexão entre empresas e esportes vai muito além do espaço de exposição. Quando bem feita pode levar todas essas sensações que o vídeo causa aos públicos envolvidos.

    Muitas vezes no mundo corporativo quebramos a cabeça para tentar surpreender e encantar as pessoas das formas mais exóticas possíveis, mas as vezes nos esquecemos de que o próprio ser humano é capaz de fazer isso, e o esporte é uma grande vitrine para isso.

    vídeo achado no Update or Die

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  • SOBE
  • Social Media Brasil 2012: Marketing Esportivo + Redes Sociais

    O Guilherme Guimarães, Diretor Geral da Ativa Esporte, palestrou no Social Media Brasil 2012, evento que ocorreu em 11 e 12 de maio, em São Paulo.

    Logo abaixo você pode espiar os slides da palestra, abertos para o público.

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  • SOBE
  • Foi dada a partida para uma nova fase!

    Escrever o primeiro post no blog da empresa da qual você acaba de ficar sócio é sempre uma tarefa difícil.

    Vou falar sobre como a empresa é bacana? Quem muito fala pouco faz.

    Vou falar sobre o assunto da empresa (no caso, marketing esportivo)? Ah, mas todos os próximos posts serão sobre isso. E os anteriores já eram.

    Vou falar sobre o momento do esporte no Brasil, citando a Copa e as Olimpíadas? Não, muito clichê.

    Vou contar minha trajetória com o Guilherme Guimarães e como cheguei até aqui? Isso pode ser legal para um primeiro post. :)

    Tudo começou há uns 7 anos, em uma agência onde a gente trabalhava juntos. Ele como atendimento, eu como planejamento. Entramos mais ou menos na mesma época, e até por isso logo ficamos amigos.

    Vieram os primeiros projetos e, junto, as primeiras alegrias, aprendizados e frustrações normais de quem está nesse jogo. Felizmente muito mais alegrias e aprendizados do que frustrações. E teve o “causo” em que ganhamos, praticamente sozinhos, a maior concorrência da história da agência até aquele momento. Nós dois, ainda moleques, contra concorrentes mais experientes e usando terno e gravata.

    Depois disso cada um seguiu seu caminho. Eu fui estudar e trabalhar com storytelling e transmídia, dois assuntos que têm bastante aderência com marketing esportivo, e vivi experiências tanto como empresário como em outras agências. O Guilherme foi fazer mestrado de marketing esportivo na Inglaterra e, na volta, trabalhou em diversos lugares bacanas, incluindo o Comitê da Rio 2016.

    No meio dessa jornada ele criou a Ativa Esporte como blog e consultoria. Isso explica os mais de 50 posts que você encontra daqui pra trás. E aí a idéia de construir uma agência a partir de um modelo que não existe no Brasil foi amadurecendo e ganhando parceiros, investidores e interessados…até que recebi o convite para me juntar ao grupo e embarcar nesse desafio!

    Então, 7 anos depois, volto a trabalhar com um dos melhores profissionais com quem já topei por aí, cheio de vontade de ajudar a construir essa empresa e realizar novas coisas.

    Guilherme, valeu pelo convite!

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