Leônidas da Silva: o precursor do marketing no futebol brasileiro

O post abaixo foi originalmente publicado no site Mkt Esportivo em 6 de setembro de 2013. Ainda que não seja de nossa autoria, resolvemos reproduzi-lo aqui pois o assunto merece nosso registro e a atenção dos nossos leitores. O link original pode ser encontrado aqui.

Se estivesse vivo, o grande Leônidas da Silva completaria hoje 100 anos. Em tempos de ebulição do mercado esportivo nacional, com receitas cada vez maiores, novos estádios, Copa do Mundo, gestão de imagem e licenciamento, Leônidas foi o primeiro atleta brasileiro a explorar seu nome comercialmente.

Na década de 30, o jogador que eternizou a bicicleta, sequer sabia que poderia rentabilizar através de sua imagem. Mais, o mercado esportivo nacional, claro, inexistia. Leônidas, destaque do Brasil na Copa do Mundo de 38, acabou por receber o apelido de “Diamante Negro” por um jornalista francês devido sua elasticidade.

Ao lançar o chocolate de mesmo nome, a Lacta viu a oportunidade de associar o produto ao artilheiro daquela Copa. Por 2 contos de réis (aproximadamente R$ 2 mil), Leônidas da Silva cedeu de maneira definitiva os direitos sobre o seu apelido.

Pelo sucesso dentro de campo, o ex-atacante também foi rosto de marcas como Kolynos, Emagrina, cigarros Sudar e teve uma linha de relógios que levava seu nome. Por tudo isso, naturalmente, Leônidas ganhou infinitamente menos que os atletas de hoje.

Sua carreira comercial, guardada as proporções de época, pode ser comparada aos tempos áureos de Ronaldo ou o fenômeno de marketing que se tornou Neymar Jr. Hoje o chocolate Diamante Negro detém 10% de share e é exportado para diversos países. Royalties? Leônidas desconheceria este termo.

Primeiro garoto-propaganda do futebol brasileiro em uma época que não existia Tv, Leônidas da Silva foi o maior jogador do seu tempo e um case de marketing esportivo de sucesso.

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